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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dia do Arquivista: 20 de Outubro

Arquivista: Profissional da Informação

Nos dias atuais vivemos uma fase em que a informação e o conhecimento são a base para as transformações que a sociedade vem absorvendo ao longo dos anos. Estas transformações que estão diretamente associadas às inovações tecnológicas têm colocado em evidência os chamados profissionais da informação, como os arquivistas, bibliotecários e museólogos. Esses profissionais, apesar das diferenças específicas em cada campo de atuação, têm como objeto de trabalho a informação, que quando organizada, controlada e disseminada sua produção auxilia no desenvolvimento e transmissão do conhecimento. E hoje, dia 20 de outubro, comemora-se o dia do Arquivista. Uma profissão da área da informação que está regulamentada há mais de 30 anos (Lei nº 6.546 4/7/78 regulamentada pelo Decreto nº 82.590 6/11/78) contendo mais de 16 cursos de nível superior por todo o Brasil.
Levando em consideração que vivemos em uma sociedade na qual a informação e o conhecimento são os pilares, seria natural que a profissão do Arquivista fosse valorizada e respeitada, porém, o que se percebe é que mesmo com todos os avanços que a profissão e seus cursos universitários desenvolveram ao longo dos mais de 30 anos de criação, esta ainda é vista como a prima pobre dos profissionais da informação.
As razões para se caracterizar o Arquivista como “o primo pobre” são inúmeras, como a falta de leis que regulamentem a prática arquivística, evitando que outros profissionais exerçam a profissão sem serem devidamente qualificados para tal (fato que vem prejudicando muitos arquivistas formados no mercado de trabalho); a falta de literatura atual que, de alguma forma, represente as mudanças que vem ocorrendo com o objeto da arquivística, a informação; e principalmente o “ego arquivístico” que impede que experiências vivenciadas sejam disseminadas e que contribuam para um melhor preparo dos futuros profissionais, na medida em que existisse a junção das questões teóricas com as informações vivenciadas na prática.
Evidentemente que nos seus mais de 30 anos, a Arquivística, a Arquivologia e o Arquivista não pararam no tempo. Há várias demonstrações disso como, por exemplo, a quantidade de alunos formados com diploma de ensino superior que chegam ao mercado de trabalho; o crescente número de concursos para instituições públicas nos últimos anos; o salário, que devido à luta de alguns arquivistas, vem ganhando alguns dígitos; a quantidade de arquivistas se aprimorando em cursos de pós-graduação.
No entanto, a profissão poderia hoje, no dia 20 de outubro de 2011, estar em outro patamar se os próprios arquivistas passassem a pensar e praticar ações que pudessem melhorar ainda mais a área. Porém, o que existe hoje é um grande individualismo profissional, pois existem grande números de profissionais que buscam ganhar dinheiro e marcar território profissional e esquecem que vivemos em uma sociedade global na qual somente com o diálogo haverá desenvolvimento.
Com isso não adianta o arquivista achar que passando em algum concurso público ou mesmo se tornando chefe em uma grande empresa privada ele irá conseguir crescer sozinho. Não adianta o arquivista possuir inúmeros diplomas na parede que irá se tornar um ser conhecido sozinho. Isso tudo por que vivemos em um momento no qual a palavra interdisciplinar não existe apenas dentro do campus universitário, mas está inserida na sociedade.
Sendo assim, para que os futuros Dias do Arquivista sejam de fato comemorados com êxito e orgulho, devemos pensar em juntar o que a Arquivologia, Arquivística o Arquivista tem de melhor: as inúmeras e importantes experiências práticas com os diferentes e ricos debates teorizados nas salas de aulas e assim transformar o arquivista em um novo profissional capaz de se impor diante dos novos paradigmas da Sociedade da Informação.

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